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domingo, 22 de abril de 2012

Domingo é o dia do Senhor

Por: Padre Kleber F. Danelon


Na Carta Apostólica "Mane nobiscum Domine", o saudoso papa João Paulo 2° pedia que os cristãos católicos, como fruto do Ano da Eucaristia, fossem estimulados a dar novo valor ao domingo, Dia do Senhor, especialmente à participação na missa dominical (cf. n° 23). 

E, na carta "Novo Millennio Ineunte", elencou a santificação do domingo e a participação na missa dominical como parte essencial do programa pastoral que a Igreja devia realizar no novo milênio (cf. n° 35-36). Segundo o Concílio Vaticano II, o domingo é o "dia primordial" da semana (cf. SC 106). 

É o dia que o Ressuscitado fez para nós (SI 118/117,24)! Domingo ("dies dominica", isto é, "dia do Senhor") é o dia que o Ressuscitado aparece aos apóstolos e discípulos reunidos e envia o Espírito Santo. É o dia em que as comunidades, reunidas em assembléia em nome de Cristo, para perpetuar a sua memória, fazem a experiência pascal da alegre esperança da sua nova vinda: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!". 

Para são Jerônimo (+ 419), grande tradutor das Sagradas Escrituras, "o domingo é o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, nosso dia". Assim, para ele, era impossível ser cristão sem participar da reunião dominical da comunidade para fazer memória de Jesus, o Cristo Ressuscitado. A missa dominical é o momento eclesial máximo, no qual a Igreja espiritual se torna visível e concreta, como em nenhum outro momento.

É por isso que o povo simples diz: "Domingo sem missa é semana sem graça!" A participação na missa dominical alimenta e desenvolve o senso da comunhão eclesial, de pertença e de identificação com a Igreja. Quem nunca vai à missa terá certamente dificuldades para se sentir concretamente identificado com a Igreja e de acompanhar seus passos. 

A Igreja mantém até hoje o preceito da missa dominical, como no passado, mas o acento não deve ser colocado na obrigatoriedade, mas na importância e na beleza dessa ação de vida eclesial. Ninguém afirmará que somos obrigados a amar, a nos alimentar, a cultivar bons hábitos de saúde... tudo isso, mais que obrigatório, é condição para viver. 

Da mesma forma, a missa dominical é condição para viver como discípulos e discípulas de Jesus Cristo e membros da Igreja. Sem isso, é difícil e até impossível manter a fé e cultivar a vinculação com a Igreja. A comunidade de fé reunida em torno da mesa eucarística "anuncia a morte de Jesus e proclama sua ressurreição, na esperança de sua vinda na glória, quando reunirá os seus no banquete da vida eterna". 

Contudo, segundo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), mais de 75% das comunidades cristãs ainda estão privadas da legítima participação na eucaristia dominical, pois faltam padres. É uma situação de emergência, por isso faz-se preciso, de nossa parte, rezar para que surjam sempre mais vocações e, sobretudo, do outro lado, por parte do magistério eclesiástico, faz-se necessário também ajudar a Igreja a encontrar novas formas do exercício do ministério da presidência litúrgica das eucaristias dominicais para que nenhum fiel fique privado de seu direito de participar da missa aos domingos.

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